A imprensa da comunidade polônica brasileira


 

 
 
De ¨Gazeta Polska w Brazylii¨ (1892-1939) a ¨Echo Polonii Brazylijskiej¨ (styczeń-luty 2012)
 
Mesmo um olhar superficial para a história da imprensa polônica no Brasil leva-nos à conclusão de que ela foi, nesse país, a manifestação de um grande esforço da comunidade polônica, tendo por objetivo a preservação da própria identidade nacional, da mesma forma que foi uma manifestação da vitalidade das suas diversas organizações.
Primeiramente eu gostaria de mencionar os semanários importantes cuja vitalidade foi até bastante longa, no que diz respeito à imprensa publicada pelo grupo étnico polonês no Brasil.
 
 
O primeiro periódico, publicado nos anos 1892-1941 em Curitiba, foi a “Gazeta Polska w Brazylii” (Jornal polonês no Brasil). Sua fundação coube a Karol Szulc, um comerciante originário de Poznań, que se estabeleceu em Curitiba. Em 1893 a publicação do semanário foi assumida por uma sociedade editorial composta dos seguintes sócios: Edmundo Saporski, Antônio Bodziak, Aleixo Waberski, Jurgielewicz e os padres André Dziadkowicz e Ladislau Smołucha. Em época posterior a “Gazeta” passou por várias mãos. No dia 1 de abril de 1912 o jornal foi comprado pele pe. Estanislau Trzebiatowski, verbita e grande líder da colônia polonesa em Curitiba. Após quase 25 anos de publicação do semanário pelos verbitas poloneses, sobretudo pelo pe. Estanislau Trzebiatowski, a “Gazeta Polska w Brazylii” passou a ser propriedade de Paulo Nikodem. O novo proprietário do jornal publicou o primeiro número de semanário no dia 11 de agosto de 1935. A “Gazeta” foi publicada até a promulgação do decreto do presidente Getúlio Vargas que fechou a imprensa estrangeira no Brasil. No período do seu auge, a tiragem da “Gazeta Polska w Brazylii” chegou a 4 mil exemplares.
 
 
A publicação seguinte surge em 1905 com o título “Polak w Brazylii” (O polonês no Brasil), que circulava semanalmente. O seu primeiro redator foi João Hempel. Tratava-se de um periódico progressita e anticlerical. Nos anos 1913-1914 o jornal  publicava os suplementos “Szkoła ludowa” (A escola popular) e “Escolaridade polonesa”. Após a partida de Casimiro Warchałowski para a Polônia, ocorre a queda do jornal “Polak w Brazylii”. O último número foi publicado no dia 18 de agosto de 1920.
 
 
O espólio do “Polak w Brazylii” foi adquirido por um grupo de 11 acionistas. A congregação religiosa dos padres vicentinos de Curitiba assumiu esse espólio e já no dia 2 de outubro de 1920 foi publicado o primeiro número do semanário com o novo nome “Lud” (O povo). Desde o início esse semanário teve um caráter eclesiástico-conservador e também publicava textos de temática social. Seu primeiro redator foi o pe. José Joaquim Góral CM. 
Em conseqüência das medidas nacionalizadoras durante o governo do presidente Getúlio Vargas, nos anos 1940-1946 o periódico suspendeu a sua atividade. Após a queda da ditadura de Getúlio Vargas, no dia 1 de janeiro de 1947, o “Lud” reiniciou a sua atividade. Começou a ser publicado também num novo formato gráfico.
Em 1989 o nome “Lud” foi trocado para “Nowy Lud” (O novo “Lud”), publicado num novo formato gráfico, em língua polonesa e portuguesa. Os editores eram: pe. Jorge Morkis CM, Miecislau Surek e Paulo Filipak. Infelizmente, nem o novo nome nem o novo formato gráfico conseguiram prolongar a vida do semanário. Nos últimos meses de sua existência o jornal circulou de forma irregular, até o interrompimento da sua publicação em outubro de 1999.  
 
 
A publicação seguinte que merece menção é “Polska Prawda w Brazylii” (A verdade polonesa no Brasil), que circulou nos anos 1929-1941. Era um semanário católico publicado em Curitiba. Ao mesmo tempo o periódico publicava um boletim das sociedades  polonesas no Brasil “Kultura”. Esse semanário deixou de circular em razão da legislação nacionalizadora. 
Nas páginas dos semanários acima citados travavam-se diversos tipos de polêmicas. Segundo João Krawczyk, essas disputas eram motivadas principalmente pela busca da liderança dentro da colônia polonesa. Essas polêmicas eram também uma manifestação da diversidade de pensamentos, correntes, pontos de vista ou ideologias presentes no seio da colônia polonesa no Brasil. 
Os quatro jornais acima mencionados eram publicados em Curitiba.
 
 
A seguir gostaria de mencionar os mais importantes periódicos polônicos que circularam graças ao engajamento de eminentes representantes da comunidade polonesa no Brasil. O acima mencionado João Krawczyk (escritor e jornalista polônico) informa que no período que abrange os anos 1892-1966 circularam no Brasil cerca de cem periódicos polônicos de vários tipos. A vitalidade desses periódicos foi variada. 
 
 
De acordo com o pe. João Pitoń CM, por muitos anos Reitor da Missão Católica Polonesa no Brasil e destacado pesquisador da história dos poloneses no Brasil, até 1937 foram publicados: 19 semanários poloneses, 64 periódicos mensais, 10 boletins informativos diversos. 
 
 
Em 1938, em conseqüência do decreto de nacionalização, todas as publicações editadas no Brasil em línguas estrangeiras foram fechadas. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial o decreto de nacionalização foi suavizado. O governo permitia a publicação de boletins em polonês que dessem informações sobre o transcurso das operações bélicas ou que promovessem a ajuda organizada às pessoas necessitadas na Polônia . 
 
 
 
Após o término da Segunda Guerra Mundial ocorre uma lenta democratização da vida brasileira. A imprensa polonesa também se reativa. Infelizmente essa atividade já era bem inferior àquela que precedeu os decretos de nacionalização durante a presidência de Getúlio Vargas. O número de publicações polonesas também diminuiu sensivelmente . 
 
 
A imprensa  polonesa, com publicações em polonês e português, era editada nas seguintes cidades: Ijuí, Curitiba, Ponta Grossa, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
 
 
 
Ao escrevermos sobre a imprensa polônica no Brasil, não podemos deixar de mencionar os almanaques publicados em língua polonesa. Esses almanaques contêm muitas informações valiosas a respeito da colonização polonesa nesse país. 
Eis uma relação dessas publicações: “Kalendarz Polski” (Almanaque Polonês) – editado por Bernardo Zdanowski, em Porto Alegre, nos anos 1898, 1900 e 1901; “Kolonista – Kalendraz Polski” (O Colono – Almanaque Polonês), uma publicação de Adão Zgraja (1910 e 1911), como suplemento do jornal “Kolonista”, publicado em Ijuí, no Rio Grande do Sul; “Kalendarz Przyjaciel Rodziny Polskiej w Brazylii” (Almanaque Amigo da Família Polonesa no Brasil), publicado em 1914 como suplemento da “Gazeta Polska w Brazylii”, em Curitiba; “Kalendarz Katolicko-Polski” (Almanaque Católico-Polonês), igualmente um suplemento da “Gazeta Poska w Brazylii”, publicado no período 1917-1940; “Kalendrz Polski w Brazylii” (Almanaque Polonês no Brasil), publicado pela livraria polonesa de Casimiro Warchałowski, em Curitiba,  nos anos 1917-1920; “Kalendraz Polskich Demokratów” (Almanaque dos Democratas Poloneses), publicado em 1920 como suplemento do jornal “Świt”, editado em Ponta Grossa, no estado do Paraná; “Kalendarz Polski Przyjaciel Rodziny” (Almanaque Polonês Amigo da Família), um suplemento do jornal “Lud”, editado nos anos 1922-1926 pelos padres vicentinos em Curitiba; “Kalendarz Ludu” (Almanaque do “Lud”), igualmente editado como suplemento do jornal “Lud”, circulou nos períodos 1933-1940 e 1948-1973, também publicado como suplemento do jornal “Lud”. Importa ainda mencionar a publicação de “Kalendarz Ilustrowany” (Almanaque Ilustrado), “Kalendarz Echo Polskie” (Almanaque Eco Polonês), e “Kalendarz Odrodzenie” (Almanaque Renascimento), mas infelizmente não possuímos dados mais precisos a respeito dessas publicações.
 
 
 
Atualmente a publicação de periódicos polônicos pode ser considerada modesta. Mencionamos abaixo aqueles que são mais conhecidos em todo o Brasil. Não mencionamos os boletins que são publicados por organizações polônicas: „Voz Polonesa Paulistana” , „Kurier” , „Kurierek” , „A Polônia no Brasil. O jornal dos descendentes poloneses no Brasil” . A partir de junho de 2009 iniciei – quando assumi a função do reitor da Missão Católica Polonesa no Brasil -  a publicação de periódico ¨Echo Polskiej Misji Katolickiej w Brazylii¨. Editamos 14 números. 15 número foi publicado em janeiro 2012 sob título novo ¨Echo Polonii Brazylijskiej¨. Esta é uma única publicação em polonês no Brasil de 12 páginas, formato A4 e esta sendo editada em Curitiba de dois em dois meses . 
 
 
 
Mencionarei a seguir quatro revistas publicadas em períodos diversos e editadas em língua portuguesa. A primeira delas era um periódico publicado no Rio de Janeiro, e as duas seguintes, em Curitiba. Apresento essas publicações separadamente, em razão da influência por elas exercida, não apenas sobre a coletividade  polônica no Brasil.
 
 
No Rio de Janeiro foi publicada a revista mensal “Brasil-Polônia”. O primeiro número desse periódico mensal apareceu no dia 15 de agosto de 1921. Seu primeiro redator foi Leôncio Correia, um conhecido poeta e intelectual brasileiro. No período de 15.08.1921 a 01.03.1923 a tiragem dessa revista era de 500 exemplares. Sua característica era a propaganda da Polônia. Com o tempo, a revista se transformou em órgão oficial da Sociedade Polono-Brasileira Kościuszko (fundada em 24 de julho de 1929) e atingiu a tiragem de mil exemplares. A publicação possuía um caráter informativo-propagandístico das causas polonesas. O último número de “Brasil-Polônia” circulou como número tríplice – correspondente aos meses de novembro e dezembro de 1937 e janeiro de 1938.
Não possuímos informações que apontem para a revitalização dessa revista, bem como a respeito da continuação das atividades da Sociedade Polono-Brasileira Kościuszko. Com certeza a eclosão da Segunda Guerra Mundial, e com isso o engajamento dos sócios nos trabalhos do “Comitê de Ajuda às Vítimas da Guerra na Polônia” absorveu-os a tal ponto que eles interromperam a sua atividade dentro da Sociedade e a publicação da revista “Brasil-Polônia”.
 
 
Por ocasião do centenário da imigração polonesa no Paraná foram publicados em Curitiba alguns números dos “Anais da Comunidade Brasileiro-Polonesa”. Tratava-se, da parte da coletividade polônica, da primeira publicação em língua portuguesa dedicada à imigração polonesa. O primeiro número circulou em 1970. Na “Apresentação” a esse número, os redatores escreviam: “Nós, os brasileiros de descendência polonesa, membros desta comunidade brasileiro-polonesa, conscientes da existência de um imenso saldo positivo, para a cultura brasileira, desejamos assinalar tão magna data e propomo-nos como meta fundamental editar os ANAIS DA COMUNIDADE BRASILEIRO-POLONESA. [...] Desejamos semear em língua vernácula o que as gerações pretéritas fixaram em polonês. No ensejo da efeméride centenária, desejamos semear uma visão nova sobre o papel do imigrante”. A publicação dos “Anais” era promovida pela seguinte equipe: João Krawczyk, Ruy C. Wachowicz, Paulo Nikodem, Mariano Hessel, Francisco Dranka, Mariano Kawka, Romão Wachowicz, Zdzislaw Zawadzki. Os redatores da publicação eram Francisco Dranka e Ruy C. Wachowicz. Os “Anais” eram publicados graças ao esforço financeiro dos próprios autores, bem como à ajuda de patrocinadores. O último número dos “Anais”, o  número 9, foi publicado em 1984. 
Na opinião do prof. Ladislau Miodunka, os “Anais” “... foram um testemunho da consciente manifestação daqueles representantes da colônia polonesa brasileira que pela primeira vez de forma tão aberta, e já como brasileiros, falavam da história e das conquistas da colonização polonesa no Brasil. O importante é que falavam a seu respeito em língua portuguesa, na língua do país de fixação, apresentando os problemas da colonização polonesa vistos pelo olhar dos imigrantes e dos seus descendentes”. O prof. Ruy C. Wachowicz, ativamente envolvido na publicação dos “Anais”, afirmou: “A publicação da revista era uma expressão do nosso amor à Polônia e à imigração polonesa no Brasil. Decorria também da vontade de dizer aos brasileiros algo a respeito da nossa história, porque ela é muito rica, talvez mais rica que a história de outras nacionalidades, visto que evoluiu de forma dolorosa”. 
Estou profundamente convencido de que, apesar da  passagem de quase 40 anos desde a publicação do primeiro número dos “Anais”, ainda por muito tempo essa revista será uma leitura importante e um ponto de referência para todos aqueles que se interessam pela problemática da imigração polonesa no Brasil. 
Infelizmente, da mesma forma que a maioria das publicações da comunidade polônica brasileira, também os “Anais” encerraram a sua atividade em razão da falta de suporte financeiro. Ouvi pessoalmente tal constatação da boca do prof. Ruy C. Wachowicz e do prof. Mariano Kawka. 
 
 
O periódico “Projeções – Revista de estudos polono-brasileiros” – foi publicado de 1999 a 2009 com a cooperação da Província da Sociedade de Cristo para os Poloneses Emigrados e do Centro de Estudos Latino-Americanos (CESLA) da Universidade de Varsóvia. De acordo com os planos científicos do CESLA, que nos foram apresentados, no futuro próximo a nossa revista deveria dedicar-se a uma temática mais ampla, à temática latino-americana. Diante do plano assim apresentado da parte do CESLA, os membros polônicos da equipe redacional de ¨Projeções¨ decidiram continuar a nossa labuta intelectual e editorial . A partir do primeiro semestre de 2010 iniciamos a publicação da nova revista ¨Polonicus – Revista de reflexão Brasil-Polônia¨. Durante 11 anos editamos 20 números da revista ¨Projeções¨. A nova revista, com seu novo título ¨Polonicus¨ é continuadora da anterior que era ¨Projeções¨. Assim continuamos a nossa caminhada descobridora no conhecimento da história, bem como da atual realidade social polônica no Brasil. Continuamos a acompanhar os múltiplos contatos que existem e que com certeza se ampliarão entre os nossos países amigos: o Brasil e a Polônia. Na medida de nossas possibilidades, continuaremos apresentando aos nossos leitores essa ampla problemática dos contatos polono-brasileiros . O periódico ¨Polonicus – Revista de reflexão Brasil-Polônia¨ é edição semestral e é publicada – assim como sua antecessora – em português. Com o objetivo de tornar acessível o conteúdo de cada número aos poloneses que desconhecem a língua portuguesa, o editorial publicamos em polonês. No final de cada artigo também apresentamos um resumo em polonês. 
A realização dessa maravilhosa e fascinante idéia de editar essas duas revistas coube ao autor da presente apresentação. 
 
 
Assim apresentei aos Senhores um pouco de história da imprensa polônica brasileira nessa rica e culturalmente expressiva caminhada de 120 anos. 
 
Muito obrigado pela atenção!
 
 
Zdzislaw MALCZEWSKI SChr
 
 
 
 
 
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